quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

MAIS SOBRE A BIOGRAFIA DE PORTINARI


O navio tinha a Europa como destino. Nele, ia o jovem Cândido Portinari, que tinha a pintura como destino.
Era o ano de 1929, e Portinari estava partindo para Paris. capital da França, a cidade para onde todo pintor aprendiz da época ia estudar. Com 25 anos, Portinari ganhara esta viagem como prêmio: vencera o concurso do Salão Nacional de Belas Artes de 1928, com a tela Retrato de Olegário Mariano. O retratado era um poeta, seu amigo.
Desse modo, tomava o caminho oposto daquele seguido pelos seus pais. Alguns anos antes, eles haviam vindo da Europa (mais precisamente da Itália) como muitos outros para trabalhar na lavoura de café, na região de Ribeirão Preto, interior do estado de São Paulo.
Segundo filho entre os doze do casal, Portinari nasceu ali perto, em Brodowsqui, no ano de 1905. Os lavradores com que conviveu na infância foram tema de grande parte dos quadros que ele pintou, já adulto.
Em uma idade em que a maioria das crianças só quer saber de brincar, Portinari já era um "pintor-mirim"...
Foi bem cedo que a vocação despertou em Portinari. Com 11 anos, sua habilidade para o desenho já chamava a atenção na escola, a ponto de ser convidado para ajudar na pintura da frente de uma igreja em Brodowsqui. Ele preparava as tintas.
Foi crescendo em Portinari a vontade de ser pintor. Por isso, aos 15 anos mudou-se para o Rio de Janeiro e foi admitido na Escola Nacional de Belas Artes_ a mais importante do país, naquele tempo.
Estudante dedicado, participava todo ano dos Salões Nacionais de Belas Artes, promovidos por sua escola. Dez anos depois, conseguiu o maior prêmio, a viagem para Paris.
Portinari voltou para o Brasil dois anos depois. Aqui, ajudou a pintura nacional a se modernizar, e tornou-se um dos pintores mais importantes do país.
Aos 59 anos, morreu em conseqüência de intoxicação pelas tintas. Deixou mais de 4.600 obras acabadas, que hoje estão espalhadas pelos principais museus do mundo.
Fonte:http://www.canalkids.com.br/arte/galeria/portinari.htm
 

Leitura :Justino, o retirante de Odette de Barros Mott e obra Retirantes de Portinari

Leitura :Justino, o retirante de Odette de Barros Mott e obra Retirantes de Portinari
Eles mostram na pintura e na literatura, a vida de muitos brasileiros.
Por que essas pessoas abandonam o campo e vão para as grandes cidades?
Falta trabalho no campo?
Gostam da agitação da cidade grande?
Observe a tela e depois leia o texto:

Orientação didática:
(Portinari representa o povo nordestino. Mostra a necessidade que o povo tem em abandonar sua terra em busca de uma vida melhor em outro lugar. Pode ser visto também como uma representação da migração, que é o processo de mobilização espacial de um grupo de pessoas que se deslocam. Que vão buscar em outras terras condições de vida, trabalho, estudo, felicidades e dignidade.

Fonte: http://erafonso.blogspot.com/2009/08/os-retirentes-portinari.html)

Interpretando:
Organizando as ideias antes da produção de texto:
Pistas do texto:
Escrevendo seu curriculo: Produção escrita

Produção de um poema: 
Fonte: Alegria de saber;Anina Fittipladi e outras:4ªs;Editora Scipione
 
 
FONTE :
http://linguagemeafins.blogspot.com/2011/01/pintores-e-afinsportinari-270111.html

VÍDEO - PORTINARI

PORTINARI leitura e observação

 Leitura , interpretação,ideias,
produção de texto, releitura de obra
Fonte: Alegria de saber;4ªs;
Anina Fittipaldi e outras; Editora Scipione.
Objetivos específicos:
Ler como forma de sentir e conhecer o assunto do texto
e refletir sobre ele.
Explorar conhecimento sobre trava-língua e língua do pê.
Explorar recursos linguísticos, jogos de palavras.
Conhecer o srecursos expressivos e opinar sobre eles.
PORTINARI


Imagem referida no texto:

Fonte :
http://linguagemeafins.blogspot.com

BIOGRAFIA PORTINARI

Fonte :
http://linguagemeafins.blogspot.com


Cândido Portinari

Auto Retrato
Candido Portinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda de café em Brodoswki,no Estado de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, recebeu apenas a instrução primária de desde criança manifestou sua vocação artística. Aos quinze anos de idade foi para o Rio de Janeiro em busca de um aprendizado mais sistemático em pintura, matriculando-se na Escola Nacional de Belas Artes. Em 1928 conquista o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro da Exposição Geral de Belas-Artes, de tradição acadêmica. Vai para Paris, onde permanece durante todo o ano de 1930. Longe de sua pátria, saudoso de sua gente, Portinari decide, ao voltar para o Brasil em 1931, retratar nas suas telas o povo brasileiro, superando aos poucos sua formação acadêmica e fundindo a ciência antiga da pintura a uma personalidade experimentalista a antiacadêmica moderna. Em 1935 obtém seu primeiro reconhecimento no exterior, a Segunda menção honrosa na exposição internacional do Carnegie Institute de Pittsburgh, Estados Unidos, com uma tela de grandes proporções intitulada CAFÉ, retratando uma cena de colheita típica de sua região de origem.

Euclides da Cunha - Clique para ver ampliadaRetrato de Euclides da Cunha

A inclinação muralista de Portinari revela-se com vigor nos painéis executados no Monumento Rodoviário situado no Eixo Rio de Janeiro – São Paulo (na hoje “Via Dutra”), em 1936, e nos afrescos do novo edifício do Ministério da Educação e Saúde, realizados entre 1936 e 1944. Estes trabalhos, como conjunto e como concepção artística, representam um marco na evolução da arte de Portinari, afirmando a opção pela temática social, que será o fio condutor de toda a sua obra a partir de então. Companheiro de poetas, escritores, jornalistas, diplomatas, Portinari participa da elite intelectual brasileira numa época em que se verificava uma notável mudança da atitude estética e na cultura do país: tempos de Arte Moderna e apoio do mecenas Getúlio Vargas que, dentre outras qualidades soube cercar-se da nata da intelectualidade brasileira de seu tempo.
No final da década de trinta consolida-se a projeção de Portinari nos Estados Unidos. Em 1939 executa três grandes painéis para o pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York. Neste mesmo ano o Museu de Arte Moderna de Nova York adquire sua tela O MORRO. Em 1940, participa de uma mostra de arte latino-americana no Riverside Museum de Nova York e expõe individualmente no Instituto de Artes de Detroit e no Museu de Arte Moderna de Nova York, com grande sucesso de público, de crítica e mesmo de venda (menor das preocupações do Artista...)
Em dezembro deste ano a Universidade e Chicago publica o primeiro livro sobre o pintor, PORTINARI, HIS LIFE AND ART, com introdução do artista Rockwell Kent e inúmeras reproduções de suas obras. Em 1941, Portinari executa quatro grandes murais na Fundação Hispânica da Biblioteca do Congresso em Washington, com temas referentes à história latino-americana. De volta ao Brasil, realiza em 1943 oito painéis conhecidos como SÉRIE BÍBLICA, fortemente influenciado pela visão picassiana de Guernica e sob o impacto da 2ª Guerra Mundial. Em 1944, a convite do arquiteto Oscaar Niemeyer, inicia as obras de decoração do conjunto arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, destacando-se o mural SÃO FRANCISCO e a VIA SACRA, na Igreja da Pampulha. A escalada do nazi-fascismo e os horrores da guerra reforçam o caráter social e trágico de sua obra, levando-o à produção das séries RETIRANTES e MENINOS DE BRODOSWKI, entre 1944 e 1946, e à militância política, filiando-se ao Partido Comunista Brasileiro e candidatando-se a deputado, em 1945, e a senador, 1947. Ainda em 1946, Portinari volta a Paris para realizar sua primeira exposição em solo europeu , na Galerie Charpentier. A exposição teve grande repercussão, tendo sido Portinari agraciado, pelo governo francês, com a Légion d!Honneur. Em 1947 expõe no salão Peuser, de Buenos Aires e nos salões da Comissão nacional de Belas Artes, de Montevidéu, recebendo grandes homenagens por parte de artistas, intelectuais e autoridades dos dois países.
O final da década de quarenta assinala o início da exploração dos temas históricos através da afirmação do muralismo. Em 1948, Portinari exila-se no Uruguai, por motivos políticos, onde pinta o painel A PRIMEIRA MISSA NO BRASIL, encomendado pelo banco Boavista do Brasil. Em 1949 executa o grande painel TIRADENTES, narrando episódios do julgamento e execução do herói brasileiro que lutou contra o domínio colonial português. Por este trabalho Portinari recebeu, em 1950, a medalha de ouro concedida pelo Juri do Prêmio Internacional da Paz, reunido em Varsóvia.

Café - 1935

Em 1952, atendendo a encomenda do Banco da Bahia, realiza outro painel com temática histórica, A CHEGADA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA À BAHIA e inicia os estudos para os painéis GUERRA E PAZ, oferecidos pelo governo brasileiro à nova sede da Organização das Nações Unidas. Concluídos em 1956, os painéis, medindo cerca de 14x10 m cada - os maiores pintados por Portinari - encontram-se no "hall" de entrada dos delgados de edifício-sede da ONU, em Nova York. Em 1955, recebe a medalha de ouro concedida pelo Internacional Fine-Arts Council de Nova York como o melhor pintor do ano. Em 1956, Portinari viaja a Israel, a convite do governo daquele país, expondo em vários museus e executando desenhos inspirados no contado com recém-criado Estado Israelense e expostos posteriormente em Bolonha, Lima, Buenos Aires e Rio de Janeiro. Neste mesmo ano Portinari recebe o Prêmio Guggenheim do Brasil em 197, a Menção Honrosa no Concurso Internacional de Aquarela do Hallmark Art Award, de Nova York. No final da década de cinqüenta, Portinari realiza diversas exposições internacionais.
Expõe em Paris e Munique em 1957. É o único artista brasileiro a participar da exposição 50 ANOS DE ARTE MODERNA, no Palais des Beaux Arts, em Bruxelas, em 1958. Como convidado de honra, expõe 39 obras em sala especial na I Bienal de Artes Plásticas da Cidade do México, em 1958. No mesmo ano ainda, expõe em Buenos Aires. Em 1959 expõe na Galeria Wildenstein de Nova York e, juntamente com outros grandes artistas americanos como Tamayo, Cuevas, Matta, Orozco, Rivera, participa da exposição COLEÇÃO DE ARTE INTERAMERICANA, do Museo de Bellas Artes de Caracas. Candido Portinari morreu no dia 06 de fevereiro de 1962, quando preparava uma grande exposição de cerca de 200 obras a convite da Prefeitura de Milão, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava.

Óleo sobre tela de Cândido Portinari
Mestiço-1934

Cronologia

1903 - Nasce em Brodósqui (Brodowski), perto de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, no dia 13 de dezembro, filho de imigrantes toscanos que trabalhavam na lavoura de café. Cândido teria dez irmãos - seis mulheres e quatro homens;
1914 - Cria sua primeira gravura, um retrato do compositor Carlos Gomes, em carvão, copiando a imagem de uma carteira de cigarros;
1919 - Matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio. Em sérias dificuldades financeiras, Candinho chega a comer a gelatina química que recebe para misturar com as tintas;
1923 - Pinta "Baile na Roça", sua primeira tela de temática nacional. O quadro é recusado pelo salão oficial da Escola de Belas Artes, por fugir dos padrões acadêmicos da época;
1929 - Como prêmio do Salão Nacional de Belas Artes, que obteve com um retrato do amigo (poeta) Olegário Mariano, ganha uma bolsa de estudos em Paris. Ali, descobre Chagall, os muralistas mexicanos e sofre fortes influências do trabalho de Picasso;
1931 - Volta da França casado com a uruguaia Maria Victoria Martinelli;
1935 - Produz uma de suas obras mais famosas, "O Café" e inicia a que é considerada sua fase áurea (1935-1944);
1936 - Começa a dar aulas de pintura na Universidade do Distrito Federal;
1939 - Em 23 de janeiro nasce seu único filho, João Cândido. Cria três painéis para o pavilhão do Brasil na feira mundial de Nova York. Faz uma retrospectiva com 269 obras, no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio;
1940 - O Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) inaugura a exposição Portinari of Brazil
1942 - Cria painel para a Biblioteca do Congresso dos EUA;
1944 - Trabalha no polêmico altar da Igreja de São Francisco de Assis, em Belo Horizonte. Muito discutida pelos religiosos, tanto por suas formas arquitetônicas quanto pelo mural de São Francisco com o cachorro, a igreja só seria inaugurada em 1950;
1945 - Filia-se ao Partido Comunista Brasileiro e candidata-se a deputado federal. Não consegue eleger-se;
1946 - Termina a as obras da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte e faz o painel da sede da ONU, "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse", com 10 por 14 metros. Expõe 84 obras em Paris. Candidata-se ao Senado pelo PCB, mas também não é eleito;
1950 - Representa o Brasil na Bienal de Veneza;
1953 - Inicia os painéis "Guerra" e "Paz", para a ONU, que terminaria em 1957;
1954 - Começa a manifestar sinais de envenenamento pelo chumbo contido nas tintas com que trabalha: sofre uma hemorragia intestinal e é internado;
1955-56 - Realiza 21 desenhos com lápis de cor para uma edição de Dom Quixote, de Cervantes. A técnica era uma alternativa tentada por Portinari para escapar à intoxicação pelas tintas;
1956 - Faz uma viagem a Israel, onde produz uma série de desenhos a caneta tinteiro;
1959 - Faz as ilustrações para uma edição francesa de "O Poder e a Glória", de Graham Greene;
1960 - Nasce sua neta Denise, e ele passa a pintar um quadro dela por mês, contrariando as recomendações médicas;
1962 - Morre no Rio de Janeiro, em 6 de fevereiro, em conseqüência da progressiva intoxicação. Na época preparava material para uma exposição no palácio Real de Milão;
A Chegada de D. João VI ao Brasil - Óleo sobre tela de 1952

RELEITURA DE PORTINARI

O menino que completa cem anos
Portinari     

O vigário da cidade de Brodósqui, em São Paulo, estava com problemas. Queria uma porteira, mas não conseguia explicar à pessoa que a faria como ela deveria ser. Até que um menino chegou e desenhou a porteira, do jeito que o padre queria!
O religioso ficou olhando para o garoto. Seu nome era Candido Portinari, mas todos o chamavam de Candinho. Filho de italianos, ele nasceu em 1903 numa fazenda de café perto de Brodósqui. Diz a certidão que o seu nascimento ocorreu no dia 30 de dezembro. Garantem os parentes que foi no dia 29. Seja como for, desde os dois anos, Candinho vivia na cidade com sua família.
Quando ajudou o vigário, Portinari tinha nove anos. Mas sua pouca idade não impediu que o padre o convidasse para algo importante: participar da restauração da igreja, que seria feita por artistas, com quem Candinho poderia aprender. Convite aceito, lá foi o menino, que pintou as estrelas do forro da paróquia.
[...]
O garoto, que era pensativo, sempre mostrou que tinha jeito para pintura. Ele vivia desenhando. Mas não havia futuro para o seu talento numa cidade como Brodósqui. Candinho precisava estudar no Rio de Janeiro!
A chance surgiu quando o garoto tinha 15 anos: uma família de Brodósqui, dona de pensão no Rio de Janeiro, decidiu vir para cidade natal por causa da gripe espanhola, doença que se alastrava na época. Então, o pai de Portinari perguntou se o filho não poderia trabalhar na pensão da família. A idéia foi aceita e... Candinho passou noites sem dormir, com pena de deixar seus pais e irmãos.
[...]
Próxima estação: Rio de Janeiro
[...]A vida do menino de Brodósqui na nova cidade era dura. Além de estudar, Portinari trabalhava para sobreviver. Ele entregava marmitas para a pensão e, por vezes, mudou seu caminho só para não encontrar colegas das aulas. Portinari era bem diferente deles: menino do interior, tinha pouco estudo e era pobre. Então, nem sempre era aceito.
Na época, o que marcava o início da carreira de um pintor era um prêmio: uma viagem ao exterior! Em 1924, Portinari decidiu concorrer a ele, apresentando quatro retratos e o quadro Baile na roça, que tinha um tema bem brasileiro e os personagens, inspirados em gente de Brodósqui! Mas, por ser diferente do tradicional, a obra foi rejeitada pela organização do concurso, que só aceitou os retratos na competição.
[...]A vitória viria apenas quatro anos depois. Então, o artista ganharia o mundo e perceberia que a sua vocação era retratar o Brasil!
Na Europa, Portinari viajou pela Inglaterra, Espanha, Itália e morou em Paris. Nessa época, em vez de pintar e desenhar muito, preferiu observar e aprender. Diariamente, ia a museus para ver as obras dos grandes mestres da pintura. Também freqüentava cafés, onde descobriu o que os artistas estavam fazendo de novo na arte. Seus amigos no Brasil brincavam dizendo que ele estava só se divertindo na Europa.
Mas Portinari estava em crise. Ele sentia que, ao retornar ao Brasil, precisava fazer o que havia começado em Baile na roça: pintar a sua gente. Tanto que escreveu, da França, uma carta em que dizia: "Daqui fiquei vendo melhor a minha terra. Fiquei vendo Brodósqui como ela é. Quando voltar, vou ver se consigo fazer a minha terra."
[...]Estão nos trabalhos de Portinari os mestiços, negros, índios e outros tipos brasileiros; as festas populares, como o bumba-meu-boi e o carnaval; a infância em Brodósqui, com os meninos brincando de pular carniça sob o céu estrelado ou soltando papagaio como se fosse agosto; o drama dos retirantes que o pintor acompanhou na infância em sua terra natal; a vida dos trabalhadores rurais, com sua rotina e dificuldades.
Tudo isso pintado de uma maneira diferente, pois Portinari não tentou retratar o Brasil como se suas telas fossem fotografias. Ele buscou distorcer e exagerar traços das figuras, por exemplo, para expressar emoção e despertar sentimentos em que via a obra. E, embora tenha dedicado sua carreira a pintar a gente e a cultura do seu país, Portinari conseguiu passar uma mensagem universal. Tanto é que foi premiado aqui e no exterior.
Esse artista, que tinha muito orgulho do seu trabalho e pintava de terno branco sem se sujar, morreu no dia 6 de fevereiro de 1962. Ele, que se comparava a um operário porque adorava suas ferramentas de trabalho, faleceu intoxicado pelo chumbo que havia nas tintas que usava.[...]

Mara Figueira, com a colaboração de João Candido Portinari.
Ciência Hoje das crianças.
Veja a matéria completa aqui:

Estudando o texto:

Produzindo um  texto:



Fonte :
http://linguagemeafins.blogspot.com

MUNDO DAS TINTAS

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<a href='http://linguagemeafins.blogspot.com/2011/01/pintores-e-afins-tintas-310111.html'>Pintores e Afins-tintas- 31/01/11</a>

IMPRESSIONISMO

IMPRESSIONISMO

O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. Havia algumas considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista.

Principais características da pintura:

* A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.

* As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens.

* As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.

* Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores
complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos.

* As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor.
Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica.

A primeira vez que o público teve contato com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva realizada em Paris, em abril de 1874. Mas o público e a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura.

Principais artistas:

Claude Monet
- incessante pesquisador da luz e seus efeitos, pintou vários motivos em diversas horas do dia, a fim de estudar as mutações coloridas do ambiente com sua luminosidade.
Obras Destacadas: Mulheres no Jardim e a Catedral de Rouen em Pleno Sol.


Auguste Renoir - foi o pintor impressionista que ganhou maior popularidade e chegou mesmo a ter o reconhecimento da crítica, ainda em vida. Seus quadros manifestam otimismo, alegria e a intensa movimentação da vida parisiense do fim do século XIX. Pintou o corpo feminino com formas puras e isentas de erotismo e sensualidade, preferia os nus ao ar livre, as composições com personagens do cotidiano, os retratos e as naturezas mortas.
Obras Destacadas: Baile do Moulin de la Galette e La Grenouillière.

Edgar Degas - sua formação acadêmica e sua admiração por Ingres fizeram com que valorizasse o desenho e não apenas a cor, que era a grande paixão do Impressionismo. Além disso, foi pintor de poucas paisagens e cenas ao ar livre. Os ambientes de seus quadros são interiores e a luz é artificial. Sua grande preocupação era flagrar um instante da vida das pessoas, aprender um momento do movimento de um corpo ou da expressão de um rosto. Adorava o teatro de bailados.
Obra Destacada: O Ensaio.

Seurat - Mestre no pontilhismo. Obra Destacada: Tarde de Domingo na Ilha Grande Jatte.



Obras de Monet



O barco vermelho

Ninféias
Impressão, nascer do sol - 1872

Obras de Renoir

Rosas e jasmins

O almoço dos remadores - 1881

Rosa e azul - 1881


Obras de Degas


A dança do vento - 1900

Aula de dança

Aula de dança - 1873


Obras de Seurat
A ponte de Coubevoie - 1886-07

Domingo na grande Jatte - 1884-06

Michelangelo

Michelangelo

Michelangelo di Ludovico Buonarroti Simoni, nasceu em Caprese, 6 de março de 1475.
Foi pintor, escultor, poeta e arquiteto, seu grande prazer era desenhar.
Na biografia de Michelangelo, consta que ele era um homem arrogante e insastifeito com ele mesmo. Nunca foi chegado a bebida, apesar de ser solitário e melancólico. Seu pai, de uma família da aristocracia Florentina, nunca aceitou sua inclinação para as artes e por conta disso espancou Michelangelo por encontrar desenhos em seu caderno. Aos seis anos de idade perdeu sua mãe e foi entregue aos cuidados de uma ama-de-leite, cujo marido era cortador de mármore, o que despertou nele a vocação para escultor.

Escreveu muitos poemas, mas foi a pintura e a escultura que o tornou um ícone da Renascença ao lado do grande gênio Leonardo da Vinci.
Michelangelo começou seus estudos como aprendiz de Domenico Ghirlandaio,um pintor renascentista italiano contemporâneo de Botticelli e Filippino Lippi, que formou toda uma geração de excelentes artistas.
Mas tarde foi estudar escultura com Bertoldo di Giovanni, escultor italiano e aluno e assistente de Donatello.
1490 a 1492, Michelangelo foi para Florença estudar na escola de escultura de Lourenço de Médice, rico banqueiro e mecenas, protetor de escritores, sábios e artistas, Lourenço foi o impulsor das primeiras imprensas italianas e iniciou o movimento renascentista, que rejeitava a ciência escolástica e teológica, para valorizar a pesquisa e a busca do sentido da vida, colocando o Homem no centro do Universo.
Nesse período que esteve em florença, Michelangelo criou dois relevos:

A Batalha de Centauros


A Madonna da Escada

Após a morte de Lourenço Médice, saiu de Florença para Bolonha e em 1496 para Roma, onde produz:
Pietá

Baco
Quatro anos mais tarde, Michelangelo voltou à Florença, onde produziu sua mais famosa escultura, David, feita em mármore de Carrara, concluída em 1504.

David


Essa escultura consagra Michelangelo como um escultor de extraordinária técnica e habilidade. Nessa mesma época pintou a Sagrada Família da Tribuna.



Mas indiscutivelmente, sua obra prima foi a pintura monumental do teto da Capela Sistina,Vaticano (1508-1512).
Originalmente a pedido do Vaticano ele deveria pintar os 12 apóstolos, mas o pintor sugeriu pintar a representação da Criação. Sua sugestão foi aceita e Michelangelo assim realizou o trabalho mais expressivo da sua vida.
O Teto da Capela Sistina contém 300 figuras e é baseado no livro da Genesis, divididos em três grupos:

*A criação da terra por Deus
*A criação da Humanidade e sua Queda
*A Humanidade, representada por Noé

Entre os Afrescos mais famosos estão:
A criação de Adão

Adão e Eva no paraíso

O Juízo Final
Realizou dois importantes projetos de Arquitetura:

A cúpula da Basílica de São Pedro em Roma
O Túmulo Papal, iniciado em 1503 a pedido do papa Júlio II, e finalizado em 1545 devido a grande quantidade de trabalho. A Estátua de Moisés ao centro.

Suas principais esculturas foram:
*O cupido adormecido
*Baco Bêbado
*Adonis Morrendo
*A Virgem
*Pietá
*David
*Baco
*Moisés
*Raquel
*Família Real Médici
Livro de PoesiasColetânea de RimasArquitetura:
*A cúpula da Basílica de São Pedro em Roma
*o túmulo papal
Frases de Michelangelo:
"A perfeição é feita de pequenos detalhes - não é apenas um detalhe."

"Em cada bloco de mármore vejo uma estátua; vejo-a tão claramente como se estivesse na minha frente, moldada e perfeita na pose e no efeito. Tenho apenas de desbastar as paredes brutas que aprisionam a adorável aparição para revelá-la a outros olhos como os meus já a vêem."

"Se as pessoas ao menos soubessem o quão duro trabalho para ser mestre no que faço, não lhes pareceria tão maravilhoso."

"Observei o anjo gravado no mármore, até que eu o libertasse."

"Espero que eu sempre possa desejar mais do que consigo fazer."

Para Michelangelo, a missão do escultor era libertar as formas que já se encontravam dentro da pedra. Kenneth Schuman e Ronald Paxton enxergaram aí um gancho para um inusitado livro de auto-ajuda: O Método Michelangelo - Revele sua obra-prima e crie uma vida extraordinária, Best Seller, 288 pgs. A mensagem é que existe uma obra-prima dentro de cada um de nós, que pode ser revelada por meio da determinação, da superação de obstáculos e de outras estratégias inspiradas na vida e na obra do artista italiano. Leia mais em "Michelangelo inspira livro de auto-ajuda" - Máquina de escrever, Luciano Trigo
Fonte de pesquisas e fotos: